sábado, 6 de dezembro de 2008

bem-me-quer/ malmequer

É sempre difícil resistir a um sorriso cativante;
a um abraço carinhoso e envolvente;
áquela pele quente e sedosa;
áqueles lábios molhados pedindo um beijo;
O mais difícil mesmo é resistir ao olhar que sem soltar uma palavra diz tudo!
Mas é sempre assim...queremos o impossível, o inalcansável,
não pela falta de retribuição de vontades, mas pelas prórias impossibilidades.
É um não poder maior que ele!
É a responsabilidade e respeito, e isso não se pode ignorar.
No entanto, fica aquela vontade de sempre querer mais.
Fica aquele desejo não realizado.
Talvez um só beijo bastasse pra acalmar todo um furacão.
Ou talvez aumentasse esse querer arrebatador do coração.
Mas o fato é que pelo menos um beijo teria sido dado, seria único e infindado!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ano novo!!

O que eu quero pro ano que vem?
Felicidade, amor e dinheiro também!
Mas isso já é esperado por todos.
Não quero o comum. Quero mais, quero ir além.
Além do que eu mesmo possa imaginar
Descobrir coisas novas, enriquecer!
Não de dinheiro, mas de experiências, de lugares, de amigos e paixões.
Enriquecer, ficar podre de rica, de tanta felicidade, de paz e tranquilidade.
Nada de festas luxuosas com pessoas desconhecidas.
Quero me sentar perto de uma fogueira e dos meu melhores amigos.
Quero simplicidade e paz, silêncio, o vento do novo ano batendo em meu rosto.
Quero estar no alto de uma montanha, vendo de longe as luzes da cidade e admirando os fogos de artifício.
Quero simplesmente brindar na virada e abraçar pessoas queridas.
Quero um ano assim. Calmo e cheio de alegria e amor sincero!
O dinheiro e festas luxuosas virão com certeza, mas a simplicidade e sinceridade é que quero atingir, são pessoas assim que quero do meu lado, afinal é isso que importa e é o que nos faz feliz de fato!
Quero um ano novo repleto de paz, luz , amor, tranquilidade e aconxego,pois assim, será completo!
Um bride ao fantástico e inovador novo ano que se aproxima!

Par ou ímpar!

E foi assim, a um passo do abismo que resolvi voltar!
Não foi falta de tentativa,
mas o vento era tão forte que mantinha no mesmo lugar.
Não pude dar o passo!
Talvez tenha sido um sopro divino,
me dando a oportunidade de recomeçar.
Ou talvez tenha sido uma ventania dos infernos,
de onde o diabo em seu profundo sarcasmo,
me fez continuar a viver, essa vida monótona, infernal e sem sentido.
Quem foi o responsável?
saberei de acordo com a maneira que eu resolver viver daqui pra frente,
E por isso, espero sinceramente que tenha sido um sopro divino!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Conversa com Deus

E foi assim, fui ter uma conversa com nosso Senhor!
Deus, salvador, quero fazer um pedido pequeno, mas que me causa certo rubor.
É um pequeno favor, pra uma alma deseperada mas sem nenhum rancor.
Pois estava eu passeando pelas desgraças da vida quando tive um encontro.
No início tive certo pavor, um medo misturado com horror, mas
quando a luz brilhou naquele breve momento, em felicidade se transformou.
foi profundo e belo, sentimento mais puro e sincero jamais ousou ser imaginado
E então fui abatido por uma pedrada, acabei desmaiado.
Acordei aqui sem saber o que se passava nem onde me encontrava,
Morto eu de fato já estava, mesmo lá na terra, pele e osso simplesmente era!
Cá estou agora, pedindo de joelhos um obséquio,
Que lá pra terra mande uma nuvem carregada de amor, que molhe aquela terra
Onde nasce um botão de rosa amarela
Que irá encher de lágrimas os olhos de meu afeto e o coração transbordar ternura
E alegria de quem jamais vira um dia, uma planta tão bela nascer naquele solo sedento de vida e ardor.
Eis que então, muitas outras nascerão, e de todo recanto da seca virá,
Uma bela jovem seu pranto derramar e há que daí ressurgir a esperança praquele lugar.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Medo de Acordar

Já era tarde da noite. Chovia. Rebeca estava em casa, olhando pela janela embassada as gotas enfurecidas tocarem o chão. Sofria de um triste mal - prosopagnosia- uma doença neurológica na qual não se reconhece o rosto das pessoas, inclusive o seu próprio rosto. Apesar de se olhar no espelho não via seu rosto, Rebeca jamais se reconhecera, não fazia idéia de sua aparência e nem da de seus conhecidos e familiares. Não sabia o significado de face, identidade. Reconhecia as pessoas pela voz e cheiro, pelo formato do corpo, não pelo rosto. Talvez por isso fosse um tanto melancólica. mas naquela noite tudo mudou. Trovejava e relampejava muito. E entre os clarões pode perceber um rosto na janela. No início não entendia o que estava vendo, afinal, jamais vira um rosto antes. Não deu muita importância, mas a chuva aumentava e os rostos também. Cansada e com sono, cochilara no sofá. Acordou com um barulho, sobresaltada, parecia que alguém estava em casa, mas ela estava só. Se levantou, e foi descalça até a cozinha, apagara as luzes e foi para o quarto pelas escadas. Ao pisar no primeiro degrau, sentiu os pés molharem, olhou para baixo, mas a escuridão não permitia saber o que era. Continuou subindo, os degraus estavam encharcados. Seus pés afundavam cadaz vez mais a medida que sobia, já estava perdendo o controle, sentiu uma mão puxar seu tornozelo. Acordara sobresaltada, ainda chovia, Levantou passou pela cozinha mas deixou a luz acesa. Subia as escada e junto com elas um calafrio nas espinhas, sentiu também alguém correr atrás dela nas escadas, correu desesperadamente até o topo. Acordara, sobresaltada com a imagem de um rosto na memória que não sabia de quem era. Levantou, nesse momento um relampejo revelou uma imagem, frente a frente com ela, uma mulher. Pôde sentir a respiração dela em seu rosto. Sentara num susto. Não conseguia pensar em nada. Deitou-se novamente, fechou os olhos. Acordara sobresaltada, com um susurro em seu ouvido: " Levanta". Levantou, foi até a cozinha, pegou um copo de água, não conseguiu beber. Sentiu um vazio que não sabia explicar, não sabia o que fazia ali naquela casa, que era sua, mas não se lembrava nem mesmo de como chegara lá. A última coisa de que recordava era de sua mãe saindo do carro dizendo "vai com Deus". A chuva tinha diminuído, foi até a janela para observar, não existia nada do lado de fora, só um penhasco, um vão, deu um passo para trás, esbarrou em uma pessoa, sentiu seus pés molhados e frios, fechou os olhos e viu uma mulher de roupas encharcadas, viu seu rosto, os lábios roxos de frio e uma respiração tão fraca que parecia não respirar, estendeu o braço numa tentativa de tocar o rosto da mulher, num repente se reconheceu, era ela mesma, parecia perdida, tocou seu próprio rosto, sentiu um frio invadir a alma, se transportou, estava no corpo da mulher, presa e gelada. Acordara, não estava morta, não era outra pessoa, era ela mesma, presa em um mundo seco, de mentiras e egoísmo que criou pra si, estava presa em estado de coma, sentada numa cadeira de balanço onde permanecia após um surto.

sábado, 4 de outubro de 2008

outras vidas...

Há quem diga que tudo é passageiro. Até mesmo o desejo de liberdade e felicidade. Talvez também sejam passageiras as vontades mais doces e ternas, as paixões arrebatadores, os amores eternos. E talvez, ainda pior, creia-se que a morte não perdure, que é uma simples pausa num momento decisivo, um desejo de mudança; brusco e consitente, com um leve aroma de rosas e um gosto amargo, quiçá azedo e este no sentido físico da palavra, se é que me faço entender. Mas passageira mesma é a vida e nisso todos concordamos. E se ela própria, que é nosso bem mais precioso, é passageira, tudo nela também o é. Em especial as dores de amor e as mazelas que dão a ela uma dramaticidade digna de ser humana. Mas o que se leva dessa vida finada, é sem dúvida eterno. Os amores, os abraços e os sorrisos, os pedidos de perdão e os obrigados, que ouvimos e dispensamos, as amizades que perduram por uma imensidão inacabável. Isso tudo é permanente e faz cada vivência durar para sempre com saudades gostosas e lembranças carinhosas, loucas pelo próximo encontro, para se reafirmar cada marca que foi feita em nossa alma e remarcá-la novamente com o perdão e o afeto. Porque o espírito, este sim é infindável e reluz tudo o por que passamos e o que nos tornamos, mostrando parte de nós mesmos e de todos os outros pelos quais cruzamos, pois nada é em vão e nós sempre aprendemos.

Observar

Difícil entender a alma do outro,
Ainda mais quando ele se oculta entre as dúvidas e o sarcasmo.
Fácil mesmo é duvidar, deixar no descrédito tudo aquilo que não nos é transparente.
Compliado é ver o que realmente o outro é,
Quando a primeira imagem que se tem deste é serena e chamativa.
A aparência, ah, como ela engana.
Mas no fritar dos ovos, e no fim de uma observação mais minuciosa
que um simples passar de olhos; pode-se ver além.
Perceber detalhes sórditos e também belos da mesma face da moeda.
E assim continuamos com nossas relações sociais, superficiais,
porém profundas quando se deseja crer!